quarta-feira, 11 de abril de 2012

História do guarda-chuva

 

Só eu tenho o guarda-chuva, adivinha quem vai se molhar ! Apesar de toda evolução tecnológica, numa era em que uma novidade se torna ultrapassada, em questão de meses, o guarda chuva sobreviveu milênios em meio a torós, tempestades e chuviscos. Ele passou pela revolução industrial, alcançou a revolução da informática sem ser afetado pela inevitável expansão dinâmica das transformações.
O fato é que ou as coisas acompanham a passagem do tempo, ou são engolidas por ele. O CD expulsou o long-play dos bailes; a impressora digitou o fim do mimeógrafo. Agora, o que poderia substituir o guarda chuva?
A resposta é nada. Mesmo antigo, ele ainda é o melhor objeto que protege uma pessoa a céu aberto contra a chuva. A sua evolução foi pequena, perto de outros produtos, mas o suficiente para ele funcionar com eficácia. Hoje, existem os automáticos, os coloridos, os com cabos com desenho, os compactos, que cabem em uma pequena bolsa. Não faltam opções para todos os gostos.

A história desse objeto começou há muito tempo, a princípio ligado a uma certa camada social. Por volta de 1200 A.C, os nobres egípcios viajavam debaixo de guarda-sóis empunhados por escravos.
Porém, na China existem lendas sobre os “tetos solares”, desde antes de 1000 A.C., que eram utilizados pelo imperador chinês. Os romanos usavam o guarda-chuva, sobretudo na sua função alternativa de sombrinha, para se protegerem do sol mediterrâneo.
Na Índia, no entanto, o guarda-chuva estava associado com os deuses da fertilidade e das colheitas, da morte e da reencarnação. O próprio Vishnu, um deus hindu, trouxe do inferno um guarda-chuva que produzia chuva. A árvore sagrada do bodhl, celebrada na história de Buda, é representada com enfeites de grinaldas e guarda-chuvas. Quando os príncipes morriam, os guarda-chuvas eram sepultados com eles.
Os japoneses, por sua vez, difundiram seu uso, com variados modelos e lindos desenhos. No século XVIII ele foi introduzido na Europa pelo inglês Jonas Hanway, que demonstrou sua utilidade como proteção contra a chuva. Só então os homens passaram a usar, já que antes era considerado um objeto feminino, por ser delicado.
No início, foi adotado o modelo chinês de guarda-chuva, lembrando que o sudeste asiático é a região que mais chove no planeta. Os mais comuns eram feitos de alpaca (um tipo de lã) e os mais finos, de seda. Depois, estes foram substituídos pelos modernos tecidos impermeáveis.
Atualmente, em pleno século 21, os guarda-chuvas continuam sendo a melhor opção para pedestres que tem que circular na rua em dias de chuva. Mesmo com toda a tecnologia e informatização da sociedade, ele se mantém como algo indispensável e prometendo muitos anos de utilidade pela frente. Afinal, quem não quer se molhar precisa ter um.

 

Fonte: Site REAL SOMBRINHAS.

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