quinta-feira, 21 de junho de 2012

Yves Saint Laurent terá novo nome em 2013

 

Contratado em março, novo estilista Hedi Slimane quer fazer mudanças definitivas na grife que Yves Saint Laurent criou há 50 anos

Hedi Slimane

Surpresa no mundo da moda. Há alguns dias, surgiu um rumor que acaba de ser confirmado. A grife Yves Saint Laurent, criada pelo estilista argeliano em 1962, passará, em 2013, a se chamar “Saint Laurent Paris”.

A mudança faz parte dos planos do novo estilista Hedi Slimane (que substituiu Stefano Pilati, em março), de modernizar a grife cinquentenária. A ideia é trazer de volta a “jovialidade, liberdade e modernidade” da linha “Saint Laurent Rive Gauche”, criada por Yves Saint Laurent em 1994.

O “WWD” informou que o novo nome e logotipo serão implementados na coleção de primavera 2013, que será desfilada em outubroem Paris. Coma mudança, a sigla da marca deixará de ser a icônica “YSL”, para se tornar “SLP”. Apenas as linhas de maquiagem, sapatos e bolsas manterão a sigla de seu fundador.

O jornal aponta ainda, que a manobra é arriscada, já que Yves Saint Laurent, falecido em 2008, deixou muito fãs que poderão estranhar uma mudança tão significativa. Pierre Berger, o sócio e companheiro de Yves Saint Laurent ainda não se pronunciou sobre a mudança, mas comentou, em março, que daria a Hedi Slimane “total liberdade de criação da imagem da grife e de suas coleções”.

Grace Coddington, da "Vogue", comentou em sua página no Facebook,sobre outra mudança significativa: a grife parisiense se mudará para Los Angeles, onde ficará o atelier de Hedi Slimane.

Sem dúvida, a década que termina agora ficará marcada pela perda de um dos maiores e mais importantes ícones da moda mundial. Conhecido por inovar e recriar o universo feminino, Yves Saint Laurent vestiu grandes damas da indústria e do cinema, como Diane von Furstenberg e Catherine Deneuve, só para citar dois nomes de uma longa lista. "Ele desafiou as regras da moda inventando novamente a elegância francesa. Seu falecimento deixa um enorme vazio e também uma herança sublime", divulgou o grupo Gucci, que detém os direitos de sua marca, na época da sua morte, em junho de 2008, aos 71 anos.

“Coco Chanel trouxe às mulheres a liberdade; Saint Laurent lhes deu o poder”, disse Pierre Bergé, sócio e companheiro de uma vida, em entrevista à rádio France Info. Tímido e recluso, Saint Laurent enfrentava desde 2002 problemas respiratórios e o vício do álcool. Faleceu vítima de um câncer no cérebro ao qual vinha lutando desde 2007. Seu corpo foi cremado e as cinzas colocadas em uma sepultura nos jardins Majorelle, um jardim botânico que ele visitava com frequência no Marrocos, uma espécie de refúgio vizinho à residência que ele e o companheiro compraram em 1980.

 

Trajetória
Nascido no dia 1º de agosto de 1936 em Oran, Argélia, o estilista já mostrava seu interesse por moda aos 12 anos de idade, quando começou a reproduzir os modelos que via nas revistas de sua mãe. Aos 17, conhecia a glória no mundo da moda: depois de ganhar o primeiro prêmio de um concurso de desenho, deixou a casa dos pais para trabalhar ao lado de Christian Dior em Paris. Com a morte repentina de seu mestre, em 1957, assumiu o posto de diretor criativo da maison com o desafio de salvar a marca de problemas financeiros. Logo, sua maneira revolucionária se tornou notável aos olhos da imprensa mundial.

A primeira coleção, “Trapézio”, foi apresentada quando tinha apenas 21 anos, rendendo ótimas críticas. Mas o sucesso frente a grife não duraria. Em setembro de 1960, Saint Laurent foi recrutado para servir no exército francês durante a Guerra de Independência da Argélia, porém não durou mais de 20 dias no quartel. A pressão psicológica e os trotes sofridos pelos companheiros soldados levaram-no a uma internação em um hospital psiquiátrico que o submeteu a um pesado tratamento com doses de sedativos e eletrochoque. Ainda no hospital, recebeu a notícia de que tinha sido despedido da Dior. Após o término do tratamento, o estilista processou a grife por quebra de contrato, ganhando uma indenização em novembro de 1960.

Em 1961, fundou sua própria maison, financiada por Bergé. A partir daí, Saint Laurent ajudou a redefinir os conceitos de moda feminina no mundo e foi um dos responsáveis por tornar Paris a capital da moda. Com sofisticação e extremo bom gosto, lança em 1965 sua famosa coleção “Mondrian”, adaptando o princípio dos quadros abstratos do pintor a vestidos de linha reta de jérsei. Mas, sua criação de maior sucesso foi sem dúvida o smoking para mulheres, apresentado pela primeira vez em 1966.

O “Le Smoking”, como era chamado, iniciou uma mudança nos modos de vestir femininos. “Meu pequeno trabalho como estilista é fazer roupas que reflitam a nossa época. E estou convencido de que as mulheres querem usar calça”, disse o estilista. Aliás, quando se trata de pioneirismo, Saint Laurent se destaca em vários aspectos. Ele foi o primeiro a popularizar o prêt-à-porter (nascente processo de fabricação de roupas “prontas para vestir”, que parecia ser uma ameaça à tradicional alta-costura parisiense). Foi também o primeiro estilista vivo a ganhar uma exposição no Metropolitan Museum of Art, em Nova York, em 1983. Foi o primeiro a colocar modelos negras na passarela e o primeiro costureiro parisiense a atravessar o Sena para abrir uma butique de prêt-à-porter de luxo, a Saint Laurent Rive Gauche, em Saint-Germain-des-Près, em 1966.

Já nos anos 2000, criou uma fundação com Bergé em Paris, para traçar a história da casa YSL, com 15 mil objetos e 5 mil peças de roupas. Em 2002, Yves se despediu das passarelas apresentando no Centro Georges Pompidou, em Paris, um desfile retrospectivo de seus 40 anos de criação. Nesse período, ele produziu mais de setenta coleções de alta-costura, além de licenciar diversos produtos com seu nome, como perfumes, sapatos, peles e cosméticos. Amante das artes, o casal tinha uma rara coleção com 733 obras, que iam desde Picasso a antigas esculturas egípcias. Em fevereiro de 2009 as peças foram a leilão, em uma decisão tomada por Bergé após a morte do companheiro. "Sem ele, a coleção perdeu todo o seu significado", explicou.

Este ano, a conturbada relação de amor entre Saint Laurent e Bergé (que apesar de ter chegado ao fim na década de 70, continuou do ponto de vista profissional até o falecimento do estilista), ganhou um documentário. “O louco amor de Yves Saint Laurent”, de Pierre Thoretton, conta a trajetória do criador e como a relação de ambos durou tantos anos mesmo com todas as dificuldades e com personalidade depressiva dele. Como diz a escritora François Baudot em “A Moda do Século”, Saint Laurent foi “o último de um mundo e, unanimemente reconhecido como o primeiro de outro, se colocando como verdadeiro elo de ligação entre a moda de ontem e a de hoje". Já deixa saudade!

 

 

 
 
Fonte: Site IG/Moda | www.ig.com.br/moda
Robmaq Moda | Notícias de Moda Eventos 033.21.JUNHO-2012 | robmaqmoda@robmaqmoda.com.br
 
 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Moda Têxtil e Confecção–Abit

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Monte o look de acordo com o seu signo

A astróloga Jacqueline Cordeiro preparou um dossiê com o estilo de cada signo do zodíaco. Confira e aprenda como acertar no figurino

Foto: Thinkstock/Getty Imagens
Descubra qual é o look ideal para você por meio do seu signo do zodíaco
Muito mais do que previsões para os próximos meses, análises do perfil do companheiro e qual o melhor dia para encontrar um novo amor, a astrologia, por meio dos 12 signos, também pode revelar qual é o estilo ideal de roupas e acessórios para você não errar no figurino.

Quem garante isso é a astróloga e consultora de imagem Jacqueline Cordeiro, do site Esoteríssima. "A escolha das roupas certas para o nosso signo faz com que nos sintamos em harmonia", diz. Pensando nisso, a reportagem do iG Moda pediu para a profissional preparar um dossiê sobre a influência dos astros no nosso guarda-roupa. O resultado é surpreendente! Confira qual é o estilo do seu signo e descubra quais bolsas, sapatos, cores e roupas combinam com você e arrase na produção.


O look ideal para Áries

Preocupada com a aparência, a ariana combina com sapatos de cores intensas, bolsas triangulares e roupas monocromáticas
ÁRIES
Por ter a regência de Marte, Deus da Guerra, usar de certa androginia na produção cai bem. Precisa apenas aprender a encontrar o equilíbrio entre os elementos masculinos e femininos em seu guarda-roupa. Áries é extremamente consciente da aparência e vive preocupado com ela. Preocupação que se manifesta na dedicação em manter um corpo saudável, bonito e musculoso.
Cores: O elemento fogo faz com que tenha sintonia com os tons intensos, como o vermelho, laranja e amarelo, misturados entre si ou em um look monocromático.
Sugestões de roupas: calças, macacões, jardineiras e produções na parte alta da cabeça (cabelo, testa e olho), como grandes óculos pretos, chapéus e penteados estilosos.
Bolsas: combina com modelos triangulares e que tenham cores intensas (vermelho, amarelo, laranja), além de metais aplicados. A peça pode ter um visual andrógino, com poucos detalhes e ser extremamente funcional. Os modelos com padronagem militar também são boas opções. A ariana prefere uma bolsa prática, que vá do trabalho à balada, já que não tem tempo a perder procurando uma para cada ocasião.

Sapatos: ariana combina com sapatos de cores intensas (vermelho, amarelo, laranja) e, se tiver um toque andrógino, ela vai gostar ainda mais. Aplicação de tachas, correntes e metais (cobre e dourado) também fazem parte de sua preferência. A sandal boot costuma agradar as arianas, que procuram um sapato que seja funcional e sirva tanto para ser usado no trabalho quanto para cair na balada. Ela não tem tempo a perder procurando uma para cada ocasião.
 

O look ideal para Touro

A taurina costuma dar um toque romântico em suas produções. Na hora de escolher as bolsas, ama tons pastel e prateadas
TOURO
Por ter a regência de Vênus, Deusa do Amor e Beleza, costuma dar um toque romântico e de muita feminilidade ao seu look. Touro gosta de coisas agradáveis e belas, de bons aromas, boa comida, texturas, pele macia, cabelo sedoso. É a personificação da beleza!
Cores: O elemento terra da uma sintonia com aquelas que têm como referência a natureza (todos os tons de verde, ocre, caqui, bege, areia etc.).
Sugestões de roupas: Saias (curtas e longas), peças feitas com materiais naturais, como algodão, seda, camurça, couro, tricô e crochê são suas melhores opções. Os coletes de crochê também fazem a cabeça das taurinas.
Bolsas: combina com peças de formato retangular e quadrado, nas cores pastel (rosa, salmão, lavanda e verde claro) e metais prateados aplicados. Busca modelos que tenham um tato agradável e que sejam feitos com elementos da natureza (couro, camurça, algodão e seda). Uma bolsa com franjas de diversas camadas na cor verde musgo nasceu pra ela a taurina! Seu closet é lotado delas, uma para cada ocasião.

Sapatos: taurina combina com sapatos de tons pastel (rosa, salmão, lavanda e todas as nuances de verde). Por ser um signo de terra, prefere acessórios que tenham um tato agradável, que sejam confortáveis e que tenham elementos da natureza (couro, camurça, seda). Tem diversos modelos em seu sapateiro, um para cada situação.

O look ideal para Gêmeos

Dependendo do humor, a geminiana usa qualquer tipo de estilo: varia desde o mais clássico até as últimas tendências da moda
GÊMEOS
Por ter a regência de Mercúrio, Deus da Comunicação, tem preferência pelo humor na sua produção visual. A roupa tem de passar uma mensagem, protesto, piada. Ágil, versátil e rápida, é capaz de vestir uma roupa, se maquiar e pentear o cabelo ao mesmo tempo. É consumidora voraz de noticias, devora revistas de moda e sabe das últimas fofocas das celebridades.
Cores: O elemento ar deixa como inspiração todas as cores do arco-íris. Dependerá do humor para definir qual será a cor do dia. Podem usar desde um look total preto ao multicolorido.

Sugestões de roupas: As camisetas com frases engraçadas ou estampas divertidas nasceram para as geminianas. Tecidos leves que oferecem ampla movimentação também são boas opções. Calças seduzem mais do que as saias.
Bolsas: o acessório deve ser prático e ter espaço suficiente para carregar tudo o que é indispensável em sua vida: celular, iPad, chiclete, marcador de texto, lixa de unha, caderno de anotações... Dependendo de seu humor, escolhe a cor do modelo. Materiais? Todos! Couro, corino, náilon, tecido etc. Gosta dos acessórios divertidos, com formatos inusitados e que tenham dupla função.
Sapatos: mais do que estética, o acessório deve ser original. A escolha depende da roupa e do humor do dia da geminiana. Cores: toda a cartela do arco-íris. Melhor se forem peças divertidas, brilhantes, com formas inusitadas e que tenham dupla função, como um sapato com o salto removível. Seu closet tem de tudo: vintage, moderno, tênis, coturno, scarpin, rasteira...
 

O look ideal para Câncer

A canceriana adora abusar da sensualidade. Na cartela de cores, tons de azul, rosa e metalizados estão na lista de preferências
CÂNCER
Por ter a regência da Lua, suas roupas precisam ter um toque de romantismo, feminilidade e leve sensualidade, que pode ser usado nas transparências e nos tecidos esvoaçantes. Sua timidez faz com que fuja dos holofotes, preferindo passar despercebida, buscando seduzir e encantar de formas mais sutis.
Cores: O elemento água cria atração para todas as cores voltadas ao oceano (azul-marinho, turquesa, azul-esverdeado) e também o branco e o prata.

Sugestões de roupas: Os vestidos com babados, rendas, laços e aplicação de veludo, as sapatilhas de bico arredondado e as pérolas fazem parte do universo fashion da canceriana.
Bolsas: as formas circulares ou onduladas em todos os tons de azul são as melhores opções. De tecido, couro, sintética ou palha, elas precisam passar uma imagem feminina e romântica. As estampas florais com fundo nude são boas opções. Detalhes como renda, coração e laços são bem-vindos. A bolsa de crochê prateada com alças de pérola é a melhor opção para uma festa.
Sapatos: os acessórios que têm o bico redondo e, principalmente, nos tons azul e rosa, são as melhores opções para as cancerianas. De tecido ou couro sintético, precisam passar uma imagem romântica e podem estar recheados de aplicações (laços ou pedrarias). Modelo ideal: sapatilhas cobertas com renda. A canceriana também aprecia os sapatos com estampas florais. O salto tem de ser médio.
 

O look ideal para Leão

Por instinto, as leoninas já gostam de chamar a atenção de quem passa. E, claro, fazem da roupa um dos principais artifícios
LEÃO
Por ter a regência do Sol, tem estilo audacioso e procura chamar a atenção e dar uma pitada de dramatismo nas suas roupas. Com propensão nata ao exibicionismo, leoninos amam quando estão em evidência. Valorizam a própria aparência e estão sempre impecavelmente bem vestidos.
Cores: o elemento fogo faz com que tenha sintonia entre as cores fortes, como o vermelho, laranja e, principalmente, o amarelo e o dourado.

Sugestões de roupas: as estampas de animais e os decotes fazem parte de seu armário. Calças skinny e os bodies nasceram para as leoninas. E claro, tudo de grife!
Bolsas: as principais cores para as leoninas são: vermelho, laranja, dourado e ouro velho. A bolsa para quem é deste signo não é apenas um complemento para o look, é a personalidade do look! Tem que ser exuberante e cheia de charme. Para fazer bonito em um evento, uma bolsa com estrutura de metal e franjas douradas cai bem. Invista nas versões triangulares ou retangulares.
Sapatos: o acessório deve ser de excelente qualidade, de preferência em edição limitada, nas cores laranja, vermelho, rosa e dourado, com o bico fino e salto altíssimo. As estampas de animais também estão em alta para a mulher do elemento fogo. Tudo para ela tem de ser exuberante e cheio de charme. Seu maior sonho de consumo é ter um sapato feito sob medida.
 

O look ideal para Virgem

Virgianas gostam de detalhes que valorizam o look, prezam pela qualidade e gostam de tons terrosos e bem clarinhos
VIRGEM
Por ter a regência de Mercúrio, Deus da Comunicação, mas diferentemente de Gêmeos, é um signo da terra, que busca roupas com acabamento impecável e com detalhes que valorizem a peça. Prezam pela qualidade do avesso de todas as roupas. Signo da lógica, raramente age por impulso. Seu elevado senso de crítica faz com que seja exigente com o que veste. Precisa estar sempre arrumada de maneira conveniente.
Cores: o elemento terra tem ótima sintonia com aquelas cores que tenham como referência a sobriedade, como os tons terrosos, por exemplo. O azul-marinho, branco e o nude também fazem parte de sua cartela de cores.

Sugestões de roupas: ternos em risca de giz e blazers com saia lápis são excelentes companheiros das virginianas.
Bolsas: a virginiana busca uma bolsa que seja espaçosa, com muitas divisórias, velcro e que tenha qualidade. É fã de carteirinha de nécessaire. Suas melhores cores são os tons terrosos, além do branco e azul marinho. Por ter uma personalidade prática, prefere ter poucos modelos (um para o dia e outro para a noite), discretos e funcionais. Formato: retangular ou quadrado. Para a praia, ama uma bolsa artesanal feita de corda trançada.
Sapatos: o seu sapato deve ser confortável, de qualidade, elegante e discreto. A virginiana prefere os modelos de bico arredondado, salto médio e tons terrosos, além do branco, cinza e azul marinho. Por ter uma personalidade prática, prefere ter bons e poucos: um para o dia e outro para a noite. O modelo anabela de salto de corda é a cara da virginiana!
 

O look ideal para Libra

De acordo com a astróloga, qualquer roupa que a libriana colocar, cairá muito bem, já que ela tem bom gosto nato
LIBRA
Por ter a regência de Vênus, Deusa do Amor e Beleza, tem estilo romântico, porém com um ar divertido. São as fashionistas do zodíaco e, por terem um bom gosto nato, qualquer peça que usam, caem muito bem! Seu dom nato para a harmonia faz com que saiba combinar peças vintage com modernas.
Cores: o elemento ar inspira os tons de rosa, salmão, champanhe, lavanda, pink e azul claro. Cores com toque de brilho metálico também valorizam o look.
Sugestões de roupas: vestidos florais, calças boca de sino com tops de paetês e peças com bordados primorosos em miçangas são boas opções.
Bolsas: busca três pilares em sua bolsa: estilo, charme e bom gosto. As metalizadas, puxando para o prata e as variedades de rosa, são as preferidas das librianas. No guarda-roupa tem diversos modelos: pequenos, grandes, para o trabalho, para a balada. A clutch nasceu para ela! E, provavelmente, em seu closet pode existir pelo menos uma frasqueira de couro legítimo, que é o seu maior xodó.

Sapatos:
a libriana tem um incrível bom gosto. As peças metalizadas, principalmente nos tons de rosa e vermelho, são as suas preferidas. Gosta dos modelos que tenham personalidade e divertidos. Ama combinar o sapato com a bolsa. No guarda-roupa é possível encontrar sandálias de salto alto, peep toe, gladiador, rasteirinha, sapatilha...
 

O look ideal para Escorpião

Costuma passar intensidade por meio da roupa, sendo o branco e o preto seus tons prediletos. Nos acessórios, ama zíperes e tachas
ESCORPIÃO
Por ter a regência de Plutão, planeta que rege a 'morte e o inferno', procura passar intensidade com o que está vestindo, força e sensualidade. Forte, poderosa e dona de si, não se importa com a opinião alheia e ignora criticas e normas sobre o que deve ou não vestir. Cria o look que bem entender!
Cores: o elemento água tem atração para as cores intensas e opostas, como o preto e o vermelho. O branco e o roxo escuro também fazem parte da sua cartela de preferência.
Sugestões de roupas: a jaqueta de couro com tachas nasceram paras as escorpianas. Batom vermelho carmim, vestidos com decotes profundos nas costas e salto agulha para completar o visual.
Bolsas: procura na bolsa elementos que passem certo erotismo, como zíperes, correntes grossas, aplicações de metal em forma de boca, coração, entre outros. Elas devem ser de couro legítimo e, na maioria das vezes, na cor preta. As estampas de animais também conquistam esta mulher (pele de lagarto, jacaré, peixe, cobra, crocodilo, avestruz).
Sapatos: devido à associação do signo com o universo do sexo, as escorpianas gostam de sapatos com elementos que passem mensagens de certo erotismo, como o salto agulha, correntes, tachas, aplicações de metal, zíperes, pedras e cristais. Os modelos devem ser de couro legítimo. A cor preta é a grande paixão da mulher de Escorpião.
 

O look ideal para Sagitário

A sagitariana gosta de colecionar peças de outras culturas, é brincalhona na hora de se vestir e adora tons vivos e estampas
SAGITÁRIO
Por ter a regência de Júpiter, o planeta mais otimista e aventureiro do zodíaco, procura passar uma mensagem positiva com suas produções. Coleciona looks de outras culturas, é adepta da roupa confortável e descomplicada. Brincalhonas, destemidas e desencanadas, sabem improvisar rapidamente. Por serem impacientes, optam por looks descomplicados.
Cores: o elemento fogo faz com que a sagitariana tenha sintonia com as cores alegres, como o vermelho, roxo, fúcsia, laranja, vinho e tons de verde.

Sugestões de roupas: seus melhores companheiros são os blazers de moletom, calças, bermudas, tênis, rasteirinhas e vestidos amplos tipo caftã.
Bolsas: a sagitariana só usa bolsas que se pareçam com ela. Além disso, passam longe dos modelos antigos ou tradicionais. Seu perfil despojado pede bolsas médias ou grandes, leves e que possam ser carregadas a tiracolo. É fundamental que tenha um material de alta tecnologia, independentemente de ser esportiva ou fashion. Cores: vinho, fúcsia, furta-cor, caramelo e marrom escuro. As mochilas estampadas também estão em alta.
Sapatos: seu estilo despojado pede sapato de salto baixo ou médio, mas que seja confortável. A sagitariana jamais usaria um belíssimo e desconfortável sapato. É fundamental que tenha material de qualidade, seja moderno, esportivo e estiloso. O oxford e as botas na altura dos joelhos nasceram para a mulher de Sagitário. Cores: vinho, fúcsia, furta-cor, caramelo e marrom escuro.
 

O look ideal para Capricórnio

A capricorniana valoriza a qualidade, foge do modismo e adora peças clássicas, como camisa branca, saia-lápis e tubinho preto
CAPRICÓRNIO
Por ter a regência de Saturno, Deus Cronos, o senhor do Tempo, as produções levam em conta custo X benefício. Certamente em seu closet existem peças de 15 anos atrás que ainda estão em excelente estado e totalmente usáveis. Passar uma boa imagem é fundamental para Capricórnio. Exalam classe, integridade e credibilidade. Buscam calculadamente a discrição e elegância.
Cores: o elemento terra sintoniza com os tons sóbrios, como o branco, preto, cinza claro, malva e marrom.

Sugestões de roupas: os conjuntos de calça ou saia com camisas impecáveis brancas serão suas melhores opções. Calças de alfaiataria, tops de malha e escarpins de couro também.
Bolsas: valoriza a qualidade e foge do modismo. Custo X qualidade é tudo para a capricorniana. Investe em bolsas de marcas conceituadas, pois sabe que vai durar por muito mais tempo e, certamente, suas netas herdarão uma em excelente estado. Prefere as clássicas, na cor preta, caramelo, nude e em formato retangular, já que combinam com todas as roupas de seu closet. Ama carteira! Por ser uma mulher materialista, uma linda bolsa de mão pode fazê-la sentir-se rica, mesmo quando está sem R$ 1.
Sapatos: busca qualidade. Investe em sapatos de marcas conceituadas, pois sabe que durará uma eternidade. Opta pelos mais clássicos, nos tons preto, caramelo, vinho e nude. Seu regente Saturno, Deus do Tempo, faz com que seja tradicional, conservadora e pouco ousada no quesito moda. E seus sapatos devem ser exatamente como ela. O scarpin e a capricorniana são inseparáveis
 

O look ideal para Aquário

As aquarianas costumam lançar moda, são incomuns e diferentes. São daquelas que entram numa festa e todos comentam do look
AQUÁRIO
Por ter a regência de Urano, estão sempre antenadas com o futuro e, geralmente, lançam moda. Preferem roupas com toques menos feminino e mais rebelde. São incomuns e diferentes. Usam estilos ou cores quando estão completamente fora de moda e, por este motivo, são as que mais ditam moda. Amam as novidades e gostam de experimentar tudo.
Cores: o elemento ar deixa aquariana com vontade de experimentar tons como roxo, lilás, fluo, azul-rei, cobre, titânio, prateado e fúcsia.

Sugestões de roupas: calça saruel, bermudas, coletes de tecidos tecnológicos, sapatilhas de plástico e meias divertidas.
Bolsas: gosta de peças lúdicas e formatos inusitados (animais, frutas) ou as que chamem a atenção e sejam incomuns. Prefere ter uma dúzia de bolsas baratas do que apenas uma bolsa cara de grife que não significa nada para ela. O modelo tem de ser espaçoso para levar seus acessórios eletrônicos (sua grande paixão). Cores: metalizadas, lilás, roxo e em tons fluo. Materiais: couro sintético e tecidos tecnológicos.
Sapatos: os modelos incomuns e divertidos são seus melhores parceiros, sendo que o sapato e a roupa precisam conversar entre si. Como o tornozelo é a sua área frágil, é importante ficar antenada na hora de escolher os saltos para não machucar a região. Sandálias com tiras drapeadas ou salto meia-pata nasceram para as aquarianas. Cores: metalizados, lilás, roxo e tons flúor.
 

O look ideal para Peixes

As mulheres regentes de Peixes costumam produzir looks criativos e que causam boa impressão. Elas são sonhadoras
PEIXES
Por ter a regência de Netuno, Senhor dos Oceanos, procura produções que transmitam suavidade e leveza. Sonhadoras, vivem no mundo das fantasias e das paixões. Com forte senso criativo, sabem criar ao redor do seu mundo lindas paisagens. Na moda, sabem como poucas fazer uma produção que gere impressão de encantamento e fascínio.
Cores: o elemento água cria atração pra cores suaves, como o branco, turquesa, verde claro e prata.

Sugestões de roupas: Saias e vestidos longos e amplos com tecidos fluidos.
Bolsas: não permite que as convenções da moda inibam o seu senso de estilo. Pode sair com uma ecobag e, no dia seguinte, com uma poderosa Hermès. Viciada nos brechós, sabe como ninguém garimpar bolsas antigas, vintage, lindamente adornadas com miçangas, entre outras. É fã de modelos delicados, como os de seda, palha (com alça de bambu). Cores: todas as do mar (marinho, turquesa, esverdeado).
Sapatos: a pisciana tem senso apurado na escolha deste acessório. Gostaria de ter no seu closet um luxuoso Christian Louboutin e, ao mesmo tempo, não abre mão da sua infinidade de chinelos de dedo e sapatilhas. Ama os modelos vintage, peças bordadas com miçangas e paetês. Cores: tons do oceano, prateado e vinho.


Fonte: Site IG/Moda | www.ig.com.br/moda
Robmaq Moda | Notícias de Moda Eventos 031.12.JUNHO-2012 | robmaqmoda@robmaqmoda.com.br

terça-feira, 12 de junho de 2012

dress code

 
Quando chega o convite de um evento social com um traje específico, ou melhor, o dress code indicado para a ocasião e você tem dúvidas do que realmente vestir? Preparamos o guia abaixo:




TRAJE ESPORTE
: look mais casual e descomplicado.
Ocasiões: almoços informais, cinema, churrascos e festas infantis.
Use: saias ou calças de algodão encerado, camurça, linho ou jeans, t-shorts de malha “pobrinha”, camisas de algodão. tricôs coloridos, blazers boyfriend, jaquetas de sarja ou couro e vestidos leves de crepe, viscose ou algodão.
Acessórios: sapatilha com tachinhas, bota de cano alto sem salto, sandália baixa ou média (plataforma), espadrille, bolsas médias ou grandes com alças longas e detalhes de metal, anéis e colares de miçanga e metal.



TRAJE PASSEIO, ESPORTE FINO OU TENUE DE VILLE:
look com um toque de formalidade.
Ocasiões: Almoços elegantes, vernissages, exposições, teatro, batizados.
Use: blusas e camisas de seda, blazers, saias e calças de alfaiataria (lã, microfibra), casaqueto de tweed tipo Chanel, vestidos de crepe ou seda (no joelho).
Acessórios: sapatos ou sandálias de salto alto, bolsas médias para o dia e pequenas à noite (carteiras e clutches). Semijoias ou bijuterias de qualidade (pérolas, cristais, etc.).
Maquiagem suave. Evite: look com brilho total, decotes ousados e joias muito exuberantes.


PASSEIO COMPLETO OU SOCIAL: look totalmente formal.
Ocasiões: jantares elegantes, coquetéis, óperas, casamentos e comemorações oficiais.
Use: vestido na altura do joelho ou longuete de chiffon, musseline ou georgette de seda com detalhes de brilho, renda ou bordado,decotes e transparência sutil; blazer, saia longa com camisa de seda (a camisa quebra
o glamour da saia ou calça de tecidos nobres (shantung, tafetá, seda, renda, etc.).
Acessórios: sapatos ou sandálias de salto com detalhe em brilho ou pedrarias. Xales, echarpes, estolas de pele. Bijoux ou joias vistosas. Maquiagem mais marcante.


TRAJE BLACK-TIE, TENUE DE SOIRÉE OU RIGOR: look super sofisticado (requintado)
Ocasiões: bailes ou noites de gala e grandes premiações.
Use: vestidos longos ou curtos sofisticados (brocados, cetim, musseline de seda, tafetá). Decotes e transparências sutis (de organza, tule ou renda) e detalhes com brilhos (bordados de cristal, paetês ou pedrarias).
Acessórios: sapatos ou sandálias de salto bem altos. Estolas, casaquinhos com brilho ou pele e joias vistosas de cristal ou pedras preciosas.
Evite: um “pretinho” básico e sapatos simples demais.





Fonte: Site TERRA/Moda | www.terra.com.br/moda
Robmaq Moda | Notícias de Moda Eventos 031.12.JUNHO-2012 | robmaqmoda@robmaqmoda.com.br

Diretor do SPFW cobra política para incentivar Moda na periferia do Brasil

 

Paulo Borges, durante abertura do SPFW. (Fotos: Ângela Kempfer)

Paulo Borges, diretor do São Paulo Fashion Week, é um homem que à primeira vista surge como um cara calmo, mas é só o assunto “moda” surgir para o jovem senhor descer do salto e falar grosso, principalmente, quando os dardos têm como alvo a estampa do governo federal.

“Eles (governo) sobretaxam produtos importados e o tecido vai às alturas, quem pediu isso ao governo. O setor é que não foi”, reclama na abertura da semana de moda que segue até o dia 16.

O que inspira a garotada que quer fazer da moda um futuro, é o discurso de Paulo Borges sobre a necessidade de investir, principalmente, no interior do Brasil, fora do eixo Rio/São Paulo.

Fã da Semana de Arte Moderna de 22, ele gosta de falar que o grito daquela época tem de continuar alto, para fazer o País aprender a olhar para si mesmo. “O Brasil tem aí um caminho próprio. Todo mundo elogia. As bússolas estão todas voltadas para cá, mas não sei se o País tem condições de acompanhar isso. Estamos engatinhando”, avalia.

A economia criativa, na opinião do chefe da SPFW, deveria ser um dos caminhos mais efetivos para o desenvolvimento do País, mas não é. “Somos o segundo setor que mais gera renda e trabalho. Não entendo esse desprestígio”, reclama,

Na mesma direção, um dos órgãos parceiro do São Paulo Fashion Week, o Sebrae, garante que em 2 anos e meio fecha a primeira fase de um projeto que pretende interiorizar a profissionalização da Moda.

Em Mato Grosso do Sul, Dourados é o município que desponta, segundo Juliana Borges, gestora da carteira de moda do Sebrae. “É o município que mais impressiona em Mato Grosso do Sul. E estamos trazendo grupos de lá de de outros lugares, que fazem moda em diferentes regiões, para aprender aqui como funciona um evento grande como esse, para irmos aprimorando os processos”.

Pequenos empresários nos estados terão palestras específicas com Paulo Borges sobre a cadeia produtiva e assim, minimamente, o Sebrae pretende alavancar o setor pelo Brasil. “Aqui, o empresário aprende desde o tratamento que deve ter com a imprensa. É importante que vejam a grandiosidade e onde podem chegar”, explica.

Para Paulo Borges, ações maiores deveriam ser desencadeadas, como incentivos específicos para a indústria da moda.

Ele é presidente do In-Mod (Instituto Nacional de Moda e Design), que este ano assinou convênio com o Sebrae chamado "Contextualizar na Moda", para a inserção de pequenos e médios negócios têxteis, de couro, calçados e joias na no mercado dos poderosos.

Este ano, também foi um dos cabeças do Movimento HotSpot, festival cultural de artes integradas que vai identificar e premiar as ideias e iniciativas mais inovadoras de 11 áreas da chamada economia criativa, que engloba moda, beleza, design, fotografia, ilustração, design gráfico, arquitetura, música, cenografia e filme.

Mas “por enquanto, o Brasil olha o futuro, vivendo no passado. Nosso papel é continuar gritando”, resmunga Paulo Borges.

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Fonte: Site CAMPO GRANDE WEWS | www.campograndenews.com.br/lado-b/moda

Robmaq Moda | Notícias de Moda Eventos 030.12.JUNHO-2012 | robmaqmoda@robmaqmoda.com.br

domingo, 10 de junho de 2012

Festival de moda muçulmana mostra outra cara da mulher islâmica

O primeiro festival de moda muçulmana da Rússia tenta romper os estereótipos da mulher islâmica como pessoas escravizadas pelo rigor dos dogmas do Corão e intocável para as novas tendências.

"Queremos mostrar que a mulher muçulmana também pode se vestir bem e ser moderna, culta e bonita, ao mesmo tempo em que respeita os princípios do Corão", disse neste domingo à Agência Efe Rushán Abiásov, vice-presidente do Conselho de Muftis da Rússia.

O festival, realizado no principal centro de exposições de Moscou, reuniu hoje mais de uma dezena de desenhistas da Rússia, Cáucaso Norte, Ásia Central, Irã e países árabes.

Os vestidos, roupas para noite e longas túnicas apresentados pelas belas modelos russas, que não devem nada as que desfilam por Paris ou Milão, respeitam os princípios do Corão. "A mulher muçulmana deve ser modesta e deixar só descoberto o rosto, as mãos e os pés. Além disso, a roupa não deve ser em nenhum caso transparente", disse.

Abiásov não nega às mulheres o direito a vestir calças jeans e roupas mais leves, embora dependa da situação e das circunstâncias.

A moda muçulmana surpreendeu os presentes, não tanto por seu atrevimento, mas pela mistura de classicismo e modernidade, tradições islâmicas e últimas tendências. Em muitos casos os tamanhos eram justos e os saltos muito altos, o que contribuía para ressaltar a elegância dos modelos expostos.

Os chapéus e lenços com estampas originais chamaram a atenção. "Roupa sem idade. Eterna. Um vestido para cada ocasião. Romântica e extravagante", dizia a apresentadora, enquanto ao fundo tocava uma música que lembrava "As mil e uma noites".

A impressão do espectador é que os desenhistas buscaram na tradição uma forma de apresentar uma mulher feminina, graças à pureza do material utilizado e as cores pouco chamativas. "Queremos mostrar a beleza do Islã. Muitas mulheres querem se vestir bonitas, mas encontrar roupa que respeite os códigos e seja bonita nem sempre é fácil", disse uma porta-voz da organização do evento.

Os organizadores do festival reconhecem que nem todos os países muçulmanos aplicam as mesmas regras e são tão rigorosos com o código de vestimenta de suas mulheres. "Na Rússia nunca tivemos tradição de túnicas negras como no mundo árabe. As mulheres muçulmanas russas não passam o dia em casa, sem se relacionar com ninguém", acrescentou a porta-voz.

Uma das estrelas do evento foram os vestidos desenhados por uma casa de modas iraniana, muito mais conservadores que o resto dos vestidos mostrados no primeiro festival de moda muçulmana de Moscou.

"A fé é uma questão interior. Eu não sinto que tenha que esconder todo o corpo para ser uma muçulmana melhor. Por outro lado, minha irmã, mais jovem que eu, cobre o cabelo", disse à agência Efe Yulia, de 22 anos da região dos Urais.

Esta bela estudante com um longo rabo de cavalo e veste jeans apertados acredita que é possível encontrar o equilíbrio ideal entre a modernidade e os princípios do Islã. "Quando eu tiver filhos, deixarei que eles sejam o que escolherem. Isso depende do homem muçulmano, pois há os inteligentes e outros que pensam que mostrar o cabelo é para pecadoras", disse.

Sobre o assunto, Abiásov ressalta que cada vez há mais lojas na capital russa e na internet que vendem roupa para muçulmanos. Na Rússia há mais de 20 milhões de pessoas, divididos entre as repúblicas de Tartária e Bashkiria, Cáucaso e Sibéria.

O clérigo ressaltou que os muçulmanos russos estão acostumados a conviver com cristãos e judeus, tradição de tolerância que é desconhecida por outros países onde o Islã é a única religião.

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Fonte: Site TERRA/Moda | www.revistacosturaperfeita.com.br

Robmaq Moda | Notícias de Moda Eventos 029.10.JUNHO-2012 | robmaqmoda@robmaqmoda.com.br

terça-feira, 5 de junho de 2012

C&A LANÇA CANAL DE MODA NO YOUTUBE

 

C&A LANÇA CANAL DE MODA NO YOUTUBE

Quer assistir a vídeos de conteúdo de moda exclusivo no YouTube? A C&A tem. Lançado oficialmente no dia 26 de abril, o canal de moda (www.youtube.com/moda) vem com cinco assuntos distintos: tendências, looks, acessórios, truques e um só com as novidades da C&A. É a primeira vez que uma parceria dessas é feita no Brasil e foi viabilizada pela agência DM9DDB, com produção de conteúdo da Damasco Filmes. Os vídeos serão apresentados por blogueiras que já possuem grande audiência na web com seus blogs. São elas: Chris Francine, Paula Martins, Helô Gomes, Mariana Santarém e Joana Hanson.

SITE INFANTIL COM INTERFACE 3D

Agora as crianças terão mais curtição, além de sapatinhos novos nos pés. É que a Kidy e a Magia Teen repaginaram seus sites criando novos ambientes, wallpapers e uma interface 3D compatível com diversos sistemas operacionais e plataformas disponíveis para smartphones, tablets e smart TVs. Os pequenos internautas poderão ver as novas coleções e interagir com os sites. Confira em www.kidy.com.br e www.magiateen.com.br.

ANA HICKMANN NO FASHION.ME

A rede social de moda Fashion.Me (antiga byMK) deu um novo passo ao anunciar uma parceria com a modelo e apresentadora Ana Hickmann, em março último. Agora, os usuários da rede poderão criar seus looks, provar o caimento na Ana Virtual e ainda compartilhar com os amigos. A rede social ainda terá um link para a loja virtual da marca usada no look e também para a de Ana Hickmann. Os sócios-fundadores do Fashion.Me, Renato Steinberg e Flavio Pripas, anunciaram que pretendem dobrar os acessos ao site no primeiro semestre em virtude da parceria com a top. Hoje o total é de cerca de 1 milhão de usuários mensais. Outra novidade é a abertura da rede social no mercado norte-americano, graças a um aporte financeiro recebido no final de 2011 pela Intel Capital, um dos principais investidores em empresas inovadoras e parte de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, dando início ao processo de internacionalização do Fashion.Me.

BRASIL LANÇA SEU PRIMEIRO MUSEU VIRTUAL DE MODA

De um projeto idealizado por um grupo de pesquisadores do mestrado em design da Escola de Artes, Arquitetura, Design e Moda da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, nasceu o primeiro museu virtual de moda brasileiro – o Museu da Indumentária e da Moda (Mimo), apresentado oficialmente no dia 3 de maio durante o evento II Moda Documenta, na própria universidade. Márcia Merlo, pesquisadora do mestrado em design da Anhembi Morumbi e coordenadora-geral do museu, diz que a ideia inicial surgiu há dez anos de uma proposta feita pela professora Kathia Castilho e, durante esse tempo de maturação, sofreu modificações até chegar ao formato atual, ou seja, totalmente virtual, com acervo todo digital e interativo. O Mimo vai reunir registros virtuais de obras de criadores de moda, galeria de fotos de álbuns de família, objetos de desejo e um grande acervo de tecidos e aviamentos digitalizados a partir das cerca de 2.500 fichas catalogadas na Teciteca Dener Pamplona de Abreu, na Universidade Anhembi Morumbi. O museu também vai abrigar continuamente exposições virtuais. A primeira já tem tema e data: Jeans: Cotidiano e Subversão, de 18 a 31 de maio. A iniciativa tem o apoio do Ministério da Cultura (MinC), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Agora, é só visitar o museu quando quiser em www.mimo.org.br.

 

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Fonte: Site REVISTA COSTURA PERFEITA | www.revistacosturaperfeita.com.br

Robmaq Moda | Notícias de Moda Eventos 028.05.JUNHO-2012 | robmaqmoda@robmaqmoda.com.br

Indústria têxtil tem expectativa de que importação da China será estancada

 

 

Medidas já adotadas pelo governo e possível adoção de salvaguardas contra a China sustentam avaliação

As medidas adotadas pelo governo para conter a invasão de produtos importados da China e melhorar a competitividade de alguns segmentos da indústria está conseguindo algo raro: arrancar comentários favoráveis de entidades ligadas ao setor têxtil, um dos mais ativos no lobby por reformas trabalhistas, redução de impostos e imposição de barreiras a importados, em especial de produtos chineses. De acordo com Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo (Sinditêxtil), graças aos movimentos recentes e outros em fase de implantação, é possível que neste ano as importações permaneçam no patamar de 2011, depois de crescerem 38%, no caso de têxteis, e 70% em confecções, no ano passado.

Entre as medidas que mais agradaram o setor estão o convênio do Inmetro com a Receita Federal, assinado em abril. Segundo Bonduki, com o trabalho conjunto, ficou mais difícil que produtos sem especificação técnicas exigidas dos fabricantes brasileiros entrarem no país. A própria operação Maré Vermelha, que ampliou o número de cargas verificadas em detalhes nos portos e irritou muitos importadores e empresas que dependem de insumos vindos de fora, é vista com bons olhos.

Outra ação elogiada foi a desoneração da folha de pagamento, prevista no Plano Brasil Maior, lançado em abril. A partir de agosto, as empresas têxteis deixarão de recolher 20% de INSS sobre a folha de pagamento e passarão e contribuir com 1% do faturamento para a seguridade social.
Há ainda o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra). Ainda que o governo já tenha dito que ele não permanecerá em vigor em 2013, no curto prazo empresas participantes começam a receber 3% de suas exportações em créditos.

Salvaguardas

A expectativa agora é de que o governo federal adote uma série de medidas de salvaguarda à importação de produtos têxteis e de confecção chineses. Nos últimos seis meses, diz Bonduki, as entidades do setor levantaram informações que permitiram a identificação de 27 programas de subsídios que seriam fornecidos pelo governo chinês. Até o final de julho, a entidade quer protocolar o pleito para que medidas efetivas possam ser tomadas em agosto ou setembro, em tempo de evitar uma enxurrada de produtos asiáticos nas festas de final de ano.

Loja Virtual WR Moda: www.wrmoda.com.br

As opções aguardadas são a imposição imediata de sobretaxas de até 50% aos produtos vindos da China – 70% das importações brasileiras de têxteis, que no ano passado totalizaram US$ 6,17 bilhões, vêm do país asiático, segundo o Sinditêxtil –, que poderiam cair a 30%, no prazo de três anos, ou a imposição de cotas por país e importador, diz Bonduki.

Insatisfação

O discurso de aprovação das medidas, porém, não é unânime. “O setor têxtil está se desindustrializando desde o governo Collor. O que complicou a situação recentemente foi o dólar”, diz Valquirio Ferreira Cabral Junior, diretor-comercial da Lupo, uma das maiores fabricantes de meias, lingeries e cuecas do país. “Mas essas são ações paliativas, que não resolvem o problema de fundo. Precisamos é de uma reforma tributária”.

TESTE1

Apesar das reclamações recorrentes do setor, o volume de importações permanece relativamente pequeno no conjunto da cadeia têxtil. Dos US$ 67,3 bilhões vendidos pelas cerca de 30 mil empresas formais que integram a indústria no país, as importações somaram US$ 6,17 bilhões, menos de 10% do total - números da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). No ano anterior, 2010, o percentual foi ainda menor. As importações corresponderam a somente 8,2% dos US$ 60,5 bilhões movimentados.

De olho na ascensão da classe C, empresas como a Invista, hoje dona da marca Lycra - originalmente criada pela Du Pont - e a Rhodia estão investindo em ampliação da capacidade de produção de fios sintéticos no país - o projeto da Invista é de US$ 100 milhões e o da Rhodia de US$ 10 milhões.

A Universo Intimo, fabricante de moda íntima feminina que tem como garota propaganda atualmente a modelo Isabelli Fontana, também vê perspectivas favoráveis de crescimento. Mesmo com o primeiro semestre fraco até aqui (a empresa diz que aumentado as vendas em 5%), o presidente Gilberto Romanato fala em alcançar os mesmos 20% registrados no ano passado, quando a empresa inaugurou uma nova confecção em Mauá, no estado de São Paulo. "O dinheiro que os bancos federais estão liberando deve impulsionar o crédito e facilitar a renegociação de dívidas dos consumidores", avalia.

"É esse novo mercado brasileiro que sustenta nossa aposta", diz Luiza Barros, gerente de comunicação da marca Lycra. Nesse cenário, com o dólar em alta a facilitar as exportações e dificultar as importações, de fato, há menos do que reclamar

 

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Fonte: Site IG ECONOMIA | www.ig.com.br

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domingo, 3 de junho de 2012

HORA DE REAGIR!

 

Por Silvia Boriello, Renata Martorelli e Marta De Divitiis

Confecções brasileiras buscam soluções para momento ímpar no setor

Começar o ano com aumento no déficit da balança comercial não é das notícias mais agradáveis. Entre janeiro e março deste ano, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), esse aumento foi de 23,7% (excluída a fibra de algodão), em comparação ao mesmo período de 2011. As exportações caíram 10,5% (US$ 305 milhões) e as importações, em contrapartida, aumentaram 16% (US$ 1,76 bilhão), deixando o déficit em US$ 1,45 bilhão. A geração de empregos ficou 61% menor que em 2011 na mesma época (7.808 em janeiro e fevereiro de 2012 contra 12.779 nos mesmos meses do ano passado), e as produções de têxteis e vestuário, de acordo com dados do IBGE, declinaram 7,76% e 19,55%, respectivamente, enquanto no varejo a queda foi de 0,89%. O que isso significa? Que as importações continuam a todo o vapor. No Impostômetro instalado na Abit, de 1º de janeiro de 2012 até o fechamento desta matéria, as importações passavam de US$ 2,5 bilhões, número que cresce a cada segundo, com indícios de que não vai baixar tão cedo.

Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada em 19 de março, chamada “Coeficientes da Abertura Comercial” (com dados do IBGE e da FGV), diz que praticamente um em cada cinco produtos industriais consumidos no país em 2011 foi importado, ou seja, um quinto do que circula nas prateleiras não foi produzido aqui, um recorde para a indústria. Foram analisados 27 setores, e os que mais sofreram influência das importações foram o de eletrônicos (especialmente celulares), informática, ópticos, bicombustíveis e derivados de petróleo, e claro, o setor de vestuário, como bem sabemos. Flávio Castelo Branco, gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, diz que esse recorde se deve ao aumento do consumo interno, à valorização cambial, aos incentivos de ICMS, aos custos sistêmicos de importações, aos altos juros e impostos e à infraestrutura deficiente, e que esse porcentual deve aumentar este ano. “Se nada for feito para atenuar os custos sistêmicos, o quadro deve se agravar, com o crescimento da economia sendo limitado pelo baixo desempenho da indústria este ano”, afirmou.

Somente entre janeiro e fevereiro de 2012, foram importadas 9.338 toneladas de vestuário (em 2011 todo foram 30.424 toneladas) e 14.507 toneladas de têxteis, entre fios e tecidos (sendo 95.496 toneladas em 2011). Traduzindo em moedas, já se foram US$ 178.987 milhões em importações de vestuário no primeiro bimestre e mais US$ 78.106 milhões em outros materiais têxteis somente por movimentação marítima, conforme dados da Companhia Docas do Estado de São Paulo, no Porto de Santos, o mais movimentado da América Latina.

Marcelo Villin Prado, diretor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi), diz que a projeção para os próximos cinco anos é de que haja uma pequena queda e estagnação na produção de vestuário, que a participação dos importados no varejo, que hoje é de 9,3%, seja de 25% até 2015, e que o consumo crescerá de 3% a 6% ao ano, no máximo. “Isso limitará a indústria nacional. Se o real ficar muito valorizado, os impostos ficarem como estão e os portos mantiverem o compromisso de limitar a entrada de produtos, esse quadro pode declinar”, afirma Marcelo, referindo-se às medidas anunciadas recentemente pelo governo federal para ajudar o setor.

MEDIDAS EMERGENCIAIS

Há muito tempo empresários e entidades de classe como a Abit, por meio da Frente Parlamentar Mista José Alencar, vêm pedindo ao governo federal intervenções para que o setor têxtil e confeccionista brasileiro volte a ter condições de competir de igual para igual com outros mercados, especialmente o asiático. Em março deste ano, a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião com líderes empresariais de todo o país no Palácio do Planalto, em Brasília, para ouvir deles o que a indústria de transformação vem passando e as medidas a serem tomadas em caráter de urgência para que consigam sobreviver e não haja uma grande desindustrialização no país. Estiveram presentes também os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), em declaração ao final da reunião, disse que a presidente saiu sensibilizada com a situação e entendeu que o setor industrial precisa de uma atenção especial neste momento, por questões conjunturais que roubam a competitividade brasileira, como câmbio, juros altos e custo de energia, entre outros.

Entre as medidas anunciadas pela presidente Dilma Rousseff na reunião do dia 3 de abril do Programa Brasil Maior (que beneficiará 15 segmentos da indústria, entre eles o têxtil e o de vestuário), as principais que influirão diretamente em nosso setor são:

- Desoneração da folha de pagamento, tirando os 20% da contribuição previdenciária patronal e fixando uma alíquota única de 1% sobre o faturamento, exceto sobre produtos para exportação, fazendo com que mais empregos sejam gerados e formalizados, gerando uma renúncia fiscal de R$ 7,2 bilhões;

- Aumento de PIS-Confins sobre a alíquota de faturamento em cima dos importados;

- Unificação das tarifas de ICMS estaduais sobre produtos importados em 4%;

- Postergação do prazo de recolhimento de PIS e Confins de abril e maio para novembro e dezembro;

- Prioridade para bens e serviços nacionais nas compras governamentais, com margem de preferência de 25% sobre os importados;

- Redução de juros;

- Aumento do volume de crédito;

- Melhora nas condições de financiamento do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do BNDES, que recebeu um aporte de R$ 45 bilhões do Tesouro Nacional;

- Ampliação do Programa de Financiamento à Exportação (Proex);

- Assinatura de convênio entre Receita Federal e Inmetro para aprimorar a fiscalização da entrada de mercadorias importadas.

De acordo com o ministro Guido Mantega, essas medidas deverão entrar em vigor em 90 dias a partir de seu anúncio, exceto o ICMS de 4%, que valerá a partir de janeiro de 2013, dando fim à chamada “guerra dos portos”.

Para o presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, as medidas foram positivas e certamente causarão impacto na indústria, porém as considera pontuais. “São necessárias mudanças contínuas e profundas nas estruturas de produção. As que foram apresentadas pela presidente mostram uma sensível preocupação com a desindustrialização e a redução de empregos no país. Não tornam o Brasil competitivo, mas o colocam no caminho certo”, declarou.

No dia 25 de abril, outra reunião foi feita entre os deputados da Frente Parlamentar Têxtil e o ministro do MDIC, Fernando Pimentel, a fim de discutir outras formas de aumentar a competitividade do setor, como revisão de salvaguardas, pois, segundo Pimentel, diretor-superintendente da Abit, o Brasil vive um surto de importações agravado pela crise de consumo na Europa.

ORIGEM DO PROBLEMA

O momento vivido por vários setores produtivos brasileiros tem reflexos vindos diretamente da política adotada no país e também fora dele.

Centrada na Zona do Euro, a crise que vivemos é uma segunda fase de uma crise maior, deflagrada no segundo semestre de 2008, quando o grande banco de investimentos Lehman Brothers entrou em falência por ter feito – como muitos outros bancos – apostas altamente arriscadas no mercado financeiro. “A economia funciona como um jogo de dominó, isto é, um equilíbrio delicado que exige coesão entre as partes que compõem o todo. Assim, quando um grande banco quebra, todos aqueles que estão direta ou indiretamente ligados a ele acabam sofrendo efeitos mais ou menos intensos. Nesse caso, o Lehman Brothers era um banco de expressiva importância no sistema financeiro mundial, o que explica o início da crise bancária, que rapidamente se espalhou mundo afora, dada a íntima conexão entre os bancos no sistema financeiro mundial. Os governos foram, então, a campo para salvar os bancos e concederam vultosos empréstimos a eles. Vários países se endividaram para conseguir fazer isso, como foi o caso dos que fazem parte da Zona do Euro, como Irlanda, Portugal, Espanha e Itália. A dívida privada dos bancos tornou-se dívida pública dos governos que os salvaram. A crise bancária tornou-se, portanto, crise de dívida soberana desses países. Nesse sentido, a crise europeia, que demora a terminar, é uma segunda rodada da crise de 2008”, explica André Roncaglia de Carvalho, professor de Macroeconomia e Economia Brasileira na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) e editor do blog de assuntos econômicos O Barômetro.

Para Alcides Leite, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, “a injeção de recursos públicos no sistema financeiro gerou grande aumento dos déficits e da dívida pública. A dúvida sobre a capacidade que os governos têm de honrar suas dívidas tem gerado recessão em vários países, sobretudo na Zona do Euro”.

Diante da situação econômica mundial e nacional, o setor têxtil e confeccionista tem enfrentado problemas para crescer e seguir adiante, por diversos motivos.

Para Roncaglia, os efeitos da crise sobre a indústria têxtil e confeccionista dizem respeito à taxa de câmbio. “Como a política monetária dos países desenvolvidos tem jogado trilhões de dólares no mercado internacional, muito desse montante acaba encontrando destino no mercado brasileiro, que oferece uma taxa de crescimento robusta, ainda que pequena, com juros elevadíssimos (em torno de 10% ao ano) e um câmbio valorizado. Essa combinação gera elevados ganhos de capital financeiro. Contudo, ao tomar essas medidas, esse capital aumenta a oferta de dólares, baixando ainda mais a taxa de câmbio, isto é, valorizando o real. O efeito é um barateamento do produto internacional, o qual concorre com a indústria nacional”.

É aí que a indústria nacional fica vulnerável à concorrência externa, graças à elevada carga tributária, o que resulta na destruição lenta dos lucros do setor, com forte impacto sobre as possibilidades de crescimento. “A alternativa é o outsourcing, isto é, transferir a cadeia de fornecimento para fora do país, uma vez que sai mais barato trazer de fora uma série de componentes e insumos produtivos – quando não o produto final – do que produzir aqui dentro, sob essas condições. O resultado é a eliminação de diversas etapas da matriz industrial em prol da importação, com efeitos deletérios sobre o emprego e a produção”, explica Roncaglia.

Alcides Leite acredita que, além do problema com o câmbio, a crise no setor têxtil brasileiro tem como um dos principais motivos o alto custo da produção, que se deve à elevada taxação sobre as atividades produtivas e sobre a mão de obra. “O sistema tributário nacional eleva os custos dos insumos, da distribuição e da mão de obra. Com o real sobrevalorizado, o produto importado entra no Brasil com preço reduzido, tornando mais vantajoso importar do que produzir no país. Não somente o consumidor final passou a preferir comprar produtos importados, mas também as empresas passaram a importar peças, componentes, insumos etc., para baratear as suas produções”, diz.

Os aumentos de custo de produção fizeram a Riachuelo fechar mais de mil postos de trabalho no Rio Grande do Norte e importar parte da produção da China, enquanto amplia sua presença no Ceará e pretende construir fábricas no Centro-Oeste. Seu presidente, Flávio Rocha, que aposta na ampliação de seu parque industrial para atender os novos consumidores, aponta, além dos altos tributos, a alta taxa de juros, os encargos trabalhistas e o alto custo da energia elétrica entre os problemas indicados. Além disso, de acordo com ele, as medidas anunciadas estão no caminho certo, mas ainda há muito o que fazer.

E isso é o que vemos em todas as grandes redes de loja presentes no país, onde 20% dos produtos à venda são importados. Procuradas pela redação, não quiseram falar sobre o assunto.

Muitas confecções nacionais também têm procurado importar uma parte dos produtos que antes eram fabricados aqui, colocando apenas sua etiqueta, e outras estão transferindo a produção para países próximos, como o Paraguai. Temos que ficar de olho!

Na opinião de Sergio Augusto Lourenço, superintendente de Desenvolvimento Empresarial da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), o constante processo de desindustrialização brasileiro, o aumento das importações e a consequente redução de postos de trabalho fragilizam o país. Para reverter esse processo, iniciado há bastante tempo, várias outras medidas se fazem necessárias, não apenas as anunciadas pelo governo, que revelam sua boa vontade. A pergunta é: haverá tempo suficiente para isso acontecer?

CENÁRIO ÍMPAR

As flutuações econômicas pelas quais o Brasil já passou e ainda passa influenciaram de diferentes maneiras, positiva ou negativamente, a atividade industrial no país. A inflação galopante da era Sarney, o Plano Collor, o Plano Real, entre outros, mostraram várias facetas de nossa indústria. “Já tivemos outros períodos difíceis, como nas décadas de 1980 e 1990, no processo de estabilização da moeda argentina, com arrocho econômico, restrição salarial, desemprego, consumo menor. Mas, depois de 2003, o setor têxtil e confeccionista deu uma guinada em sua produção. O melhor ano da história do setor foi 2010”, relembra Marcelo Prado, do Iemi, destacando que em 2011 houve uma queda de 2% na produção.

“Em meus 35 anos trabalhando no setor, nunca vi um cenário tão crítico como esse, com inconstâncias futuras. Os países asiáticos estão pautados pela exportação e, com a retração dos mercados norte-americano e europeu, queda de consumo, recuperação lenta das economias centrais e uma demanda agressiva, o Brasil virou o foco desses produtos”, revela Fernando Pimentel, da Abit. Para ele, não podemos aceitar de forma passiva que manipulem essas variáveis competitivas. Temos commodities, sim, mas nosso setor produtivo precisa acompanhar esse crescimento também. “O governo tem nos ouvido, estamos avançando na reforma tributária, e o Poder Executivo criou o Conselho de Competitividade, composto de alguns setores mais afetados pelas importações, porém o tamanho do desafio aumentou. Precisamos de medidas de defesa integradas, como antidumping, salvaguardas, melhores condições logísticas em estradas, ferrovias, portos e aeroportos, melhor fiscalização, internet mais ágil, educação de qualidade, redução do preço da energia elétrica (a mais alta do mundo), educação de qualidade, impostos diferenciados para o setor, entre outras reformas tributárias que simplifiquem e desburocratizem no geral. Mas o tempo é o ponto principal, precisamos agir com urgência, senão os empresários não aguentarão”, ressalta Pimentel.

TESTE1

 

MOBILIZAÇÃO

Frente à estagnação da indústria em geral, federações, associações e sindicatos têm se unido para mostrar aos quatro cantos o que vem acontecendo, tentando chamar a atenção da população e do governo. O “Manifesto contra a Desindustrialização”, surgido da união de empresários industriais e centrais sindicais de São Paulo, desdobrou-se no “Grito de Alerta”, mobilização itinerante que aconteceu em 4 de abril em São Paulo, na Assembleia Legislativa, e seguiu para outros estados, como Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Distrito Federal, surgiu com esse intuito, reunindo milhares de pessoas a favor dos empregos no Brasil. A Abit, o Sinditêxtil-SP, a Fiesp e outras instituições apoiaram a ação, e Paulo Skaf enfatizou que as medidas anunciadas pelo governo são pontuais e insuficientes, dizendo que é mais caro produzir aqui no Brasil do que nos EUA ou na Europa, o que atrapalha nossa competitividade. Alfredo Bonduki, presidente do Sinditêxtil-SP, salientou que, só em 2011, a indústria têxtil paulista perdeu mais de 20 mil empregos. “Devemos dar condições para que a produção nacional se fortaleça”, declarou.

REFLEXO EM TODO O PAÍS

A crise tem atingido a indústria nacional como um todo, mas em alguns estados de formas diferentes. No Espírito Santo, por exemplo, além de abalar as empresas da Grande Vitória, as espalhadas por quase todas as regiões vêm sentindo a queda. “O setor têxtil nacional, particularmente, registrou a maior queda na produção física industrial (-15%, de acordo com o IBGE) em 2011, entre todos os segmentos da indústria nacional. No Espírito Santo não tem sido diferente, com quedas na ordem de 50% ou mais no faturamento real do setor a cada mês que se passa. Isso tem provocado o fechamento de empresas e afetado seriamente a capacidade competitiva do setor de confecções capixaba. Trata-se de uma situação muito negativa para o estado, pois os segmentos de confecções, calçadista, têxtil e de acessórios tradicionalmente empregam bastante mão de obra, feminina em quase sua totalidade, e o desemprego gerado pelo fechamento de empresas provoca um grave impacto social e um retrocesso na expansão do desenvolvimento econômico do Espírito Santo”, declara Marcos Guerra, presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).

Sobre o fato de o Porto de Vitória ser considerado um dos que mais recebem produtos de vestuário importados, Guerra diz que o combate tem que ser feito para ajudar a indústria nacional, porém a Findes é contra a chamada “guerra fiscal entre os estados”, pois exercer o protecionismo por si só não gera resultados práticos. O que realmente pode tornar a indústria mais competitiva demanda ações mais objetivas por parte do governo federal. Segundo ele, “a fixação da alíquota do ICMS estadual em 4% provocará a extinção do Fundo para o Desenvolvimento das Atividades Portuárias no Espírito Santo (Fundap), um fundo com mais de 40 anos e que atua diretamente no desenvolvimento dos municípios capixabas por meio do repasse de recursos que são investidos em infraestrutura e logística. É notório que o nosso estado, nos últimos dez anos, foi um tanto quanto deixado de lado pelo governo federal em relação a investimentos em infraestrutura, e o Fundap garantia certa independência para sanar os gargalos logísticos locais, criando toda uma cadeia evolutiva que deve sofrer gravíssimos impactos com o fim desse fundo. Corremos o risco de retroceder mais de quatro décadas de evolução conquistada à base de um potencial logístico que simplesmente pode ser desperdiçado”.

José Carlos Bergamini, empresário do setor confeccionista e vice-presidente da Câmara do Vestuário do Espírito Santo e membro do Sindicato da Indústria de Confecções de Roupas em Geral do Estado do Espírito Santo (Sinconfec), explica que, para compensar o que a união arrecada e não devolve com equidade, um instrumento que o estado detinha era o incentivo para importar pelos portos do Espírito Santo, o que permitia que o estado tivesse um governo organizado, viável e estável. “Isso nos foi tirado e nada foi oferecido como compensação. Estamos preocupados porque se fala, também, na retirada dos royalties do petróleo. As perdas do estado já vêm de muito longe, especialmente a partir da Lei Kandir. Mas vamos em frente, o governo do estado está atento, o Espírito Santo está organizado, seguro e bem posicionado na geografia do Brasil. O povo é bom, é qualificado, muito trabalhador. Com trabalho e muita criatividade, vamos vencer, e o Espírito Santo continuará sendo um ótimo lugar para se investir, trabalhar e viver”, reflete Bergamini.

Ele explica que, em sua visão, não encara esse período como uma ameaça, mas sim como desafios a serem vencidos. “Os entraves são mais nossos do que, por exemplo, da Ásia. Os maiores juros, a maior carga tributária, a pior infraestrutura, a baixa qualidade do sistema educacional e a consequente desqualificação do trabalho. Até a energia elétrica, que no Brasil é produzida com água que cai do céu de graça, é, também, a mais cara. Tudo isso são problemas nossos que somente nós devemos resolver. Percebo que vivemos um momento de profundas reflexões. A China está certa, são 1.300.000 pessoas unidas em um único projeto de nação, focado no objetivo de torna-lá a protagonista do mundo. Também é certo que as dificuldades que o setor vive não são causadas somente pelos problemas estruturais do país. Os empreendedores do setor precisam de mais proatividade, investir na melhoria do parque fabril, no processo criativo, na gestão da marca, visando ao fortalecimento comercial. É preciso trabalhar com planejamento, atuar com estratégias, com foco e ter visão de logo prazo. Muitas vezes reclamamos muito e fazemos pouco para mudar a situação. Espírito associativo e participação no associativismo são necessidades primárias nos tempos modernos. Para competir é importante identificar expertises, estabelecer parcerias, trabalhar com arranjos que se completam para permitir a produção em escala e, assim, racionalizar custos e potencializar resultados. Governo e empresários cada vez mais precisam estar juntos, pois os objetivos são comuns. Afinal, queremos um Brasil melhor para trabalhar e viver, ou quem gostaria de se mudar para a China?”.

Bergamini destaca ainda uma ação muito favorável no Espírito Santo: o governo estadual vai reduzir o ICMS e, com o porcentual referente à redução, as empresas formarão um fundo para se desenvolver, com os recursos aplicados no processo criativo, na gestão das marcas e no fortalecimento comercial. Ponto para eles!

No Rio de Janeiro, o empresariado do setor vem enfrentando, além da concorrência com os produtos asiáticos, a falta de mão de obra qualificada. “Para se manterem na competição, nossos empresários têm sido ‘forçados’ a comprar tecidos e aviamentos asiáticos para baratear o produto final; outros estão comprando peças acabadas. Todos perdem, principalmente os trabalhadores”, alerta Victor Misquey, presidente do Moda Rio e conselheiro da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Ele relata que o descaso com o setor por parte do poder público vem de longe, e tem se intensificado ainda mais com o foco nas Olimpíadas e na Copa do Mundo. “Muitos fecharam suas fábricas. Hoje, apesar das medidas insuficientes anunciadas pelo governo federal, tem muita gente com dificuldades em honrar seus compromissos e pensando em fechar a empresa. Por outro lado, o empresariado carioca é muito versátil e tem apostado na criatividade e no design como diferenciais.”

Misquey ressalta que a Firjan, há cerca de dez anos, vem investindo na indústria criativa como pode, por meio do Senai Moda e Design, dos sindicatos e de outras instituições parceiras, apostando no Fashion Rio e em sua feira de negócios, o Rio-à-Porter, na Semana Alto Verão Carioca e no Giro Senai, apoiando os polos de moda em todo o estado. “Mas ainda há muito que fazer, devido aos mais de 30 anos de descaso e abandono do setor”, comenta.

São Paulo vem sofrendo as excessivas importações de produtos acabados oriundos da China, e o presidente do Sindivestuário-SP, Ronald Masijah, diz que não é contra a importação, mas que ela seja dentro de um universo controlável, e não o descontrole que estamos vivendo hoje. “Mecanismos que restrinjam essas importações ajudam, mas o que nos beneficiaria mesmo são as desonerações tributárias e trabalhistas. Os encargos são elevadíssimos, e quem ganha com isso senão somente o governo, com seu apetite voraz por arrecadar impostos? O Brasil precisa andar, e os entraves que a carga tributária e trabalhista causam engessam todo o processo produtivo interno. Precisamos girar a roda para frente, com menores juros, redução de encargos e estímulo ao emprego”, declara.

No Ceará, o presidente do Sinditêxtil-CE, Germano Maia, destaca que o sindicato tem participado de ações desenvolvidas em âmbito nacional. “Ao se articular na busca de estratégias benéficas para as empresas locais, o Sinditêxtil-CE tem encontrado um ambiente transparente e propício por parte do governo do Ceará na construção de soluções concretas, com o intuito de mitigar algumas desvantagens que as empresas têxteis instaladas no estado têm, como a falta de logística, de matéria-prima, o alto custo da energia, entre outros aspectos”, diz Maia, que também ressalta a atuação da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) em articular entidades do setor têxtil e confeccionista com ações que envolvem a capacitação de mão de obra, novas tecnologias, análises de mercado e emprego, investimentos em programas e políticas que fortaleçam seu desenvolvimento e crescimento.

No Paraná, mais precisamente em Maringá e região, os primeiros a sentir os reflexos da importação dos produtos têxteis foram as empresas que faccionam para marcas de São Paulo. “A queda na procura por facções na nossa região foi significativa e algumas empresas chegaram a trabalhar pelo custo para não demitir todos os funcionários”, conta Cássio Murilo Almeida, empresário, presidente do Shopping Atacadista Vestsul e presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá (Sindvest Maringá). O sindicato está realizando algumas ações para conscientizar os empresários e a população sobre os efeitos negativos da aquisição de produtos importados, além de apoiar ações, como a realizada pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), para arrecadação de assinaturas para a campanha Moda Brasileira: Eu Uso, Eu Assino! em prol do produto nacional. Almeida afirma que o principal motivo que levou o setor confeccionista a importar produtos chineses em vez de produzir no país foi o fato de os impostos tornarem a concorrência desleal. Mas, apesar disso, os chineses ainda não conseguiram atender os clientes no quesito rapidez, o que acaba se tornando uma carta na manga para o produto nacional. “Hoje, se o cliente gosta de um produto que apareceu na televisão, na semana seguinte ele encontra o mesmo modelo, com qualidade, nas nossas prateleiras. Para nós, o fast fashion é um grande nicho de mercado, já que conseguimos atender os desejos dos clientes na velocidade que eles exigem.”

Em Santa Catarina, o setor emprega hoje 170 mil pessoas, em mais de 9 mil estabelecimentos espalhados pelo estado, que continua sendo o segundo polo têxtil brasileiro. Sergio Luis Pires, presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria Têxtil e do Vestuário de Santa Catarina (Fiesc), diz que, apesar dos números serem robustos, eles demonstram o estrago que o estado está sofrendo frente a números alarmantes de importados que entram no país por todos os portos e aeroportos. “Em 2000, Santa Catarina respondia por apenas 7% de todo o volume importado pelo Brasil. Hoje esse número chega a 28%. Em contrapartida, o estado exportava no ano 2000 25% do total que o Brasil exportava, e hoje este porcentual não chega a 6%.”

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Para ele, é natural que o setor busque em outros países melhores oportunidades para complementar seu negócio. “Isso não deixa de ser salutar para o crescimento de qualquer negócio. Portanto, penso que as empresas legalmente estabelecidas no Brasil e que buscam complementar suas linhas com matérias-primas ou mesmo importar uma parte de seu mix de produtos fortalecem o setor. Somos contrários à importação de forma irregular, feita, em muitos casos, por escritórios que nem sequer têm instalações industriais no país. É a chamada importação predatória, que só destrói a indústria nacional”, enfatiza Pires, que afirma ainda não ser verdade que as grandes confecções sozinhas estão deixando de produzir internamente e importando produtos de outros países. É fato que esse número tem crescido muito entre as empresas, mas não são as grandes confecções sozinhas que respondem por esse aumento. Hoje, qualquer pessoa com um escritório e um telefone pode importar grandes volumes de confeccionados sem ser incomodada. “A indústria têxtil no nosso estado deixou de receber a atenção devida e, em troca, inúmeros importadores se instalaram e passaram a fazer seus negócios. Isso está causando enorme dano àquilo que o estado tinha de melhor, que é seu DNA de produtor têxtil. Qualquer produto ou negócio que passe longo tempo por um processo assim tende a se enfraquecer e isso pode ocorrer aqui também.”

CONFECÇÕES: O QUE PENSAM SOBRE O ASSUNTO?

Agir neste momento delicado e instável em que vivem as confecções requer coragem e decisões acertadas, e muitas delas vêm investindo em ideias criativas e “pé no chão”, como Kleber de Jesus Duarte, dono da confecção infantil capixaba Tutti i Colori e membro do Sinconfec. “Nosso modelo de negócio sempre foi pautado num valor que consideramos essencial numa indústria de confecção infantil de pequeno porte, que são a criação e o desenvolvimento de produtos diferenciados no mercado, sendo criatividade, qualidade e conforto nossas maiores referências. Esse valor acaba fortalecendo a imagem da marca e desperta no cliente a vontade, a alegria e o prazer saudável de adquiri-lá por seu encantamento, o que acaba sendo uma vantagem competitiva importante, principalmente nos tempos atuais. Contudo, o momento requer muitas outras ações paralelas para nos mantermos mais seguros no mercado e que procuramos seguir, como canais de venda bem definidos e avaliação de novas praças, participação em feiras de lançamentos de coleções, atendimento diferenciado ao cliente, avaliação cadastral competente, atualização tecnológica e incentivo às pequenas inovações no ambiente da fábrica, valorização e conscientização dos funcionários e representantes para o comprometimento, gestão financeira responsável, gestão integrada (vendas,compras e estoques), fornecedores de qualidade, gestão da produção com avaliação contínua e constante da produtividade para sua otimização, valorização do associativismo por meio da participação nas entidades empresariais e aumento/melhoria da rede de relacionamentos.”

Kleber diz que quem vivenciou o setor têxtil nacional tempos atrás, especialmente o movimento que se via nos estandes de feiras como a Fenit e outras, quando confrontado com a realidade atual, tem um sentimento de nostalgia ao recordar quão pujantes eram essas empresas no mercado e como elas foram importantes para o surgimento, a disseminação e o desenvolvimento da indústria de confecções em nosso país. “De uns tempos para cá, no entanto, a realidade mostra que boa parte dessas indústrias têxteis não resistiu à competitividade dos importados, além de outros fatores, e, nas principais feiras do setor que acontecem atualmente no país, observa-se uma mudança no mix dos expositores, que antes era predominantemente nacional e hoje compete também com a presença mais intensa da indústria de outros países e de importadores, além de se observar o surgimento de novos modelos de negócios, como, por exemplo, o beneficiamento de tecidos importados, em que são aplicadas técnicas de estamparia digital e outras a critério do cliente, a oferta de desenhos digitais e outros negócios intensivos em serviços.”

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Alessandra Zegaib, diretora comercial das grifes My Lady, My e Ladybelt, que estão há 27 anos no mercado, localizadas em Brasópolis (MG), afirma que a empresa está vendo a crise como um sinalizador de mudanças urgentes, mas que será um momento que trará melhorias para o setor. “A crise atingiu nossa empresa, mas em porcentual muito baixo se comparada aos concorrentes. Isso porque nós trabalhamos com produtos muito especializados, de sustentação, atributos e tamanhos grandes. Então a produção desses artigos é bem mais complexa e os maiores clientes continuaram comprando somente produtos internos.”

Para Jorge Moscardi, diretor comercial da Mixte, marca de pijamas dirigida ao segmento Premium do mercado, localizada em Jaraguá do Sul (SC), o que mudou não é a situação dos produtos chineses e sim o incremento do custo Brasil, que foi potencializado com a apreciação do real. “Diretamente não fomos atingidos pela crise, já que nossos clientes, lojas de lingerie Premium multimarcas, não trabalham com produtos importados, mas indiretamente sim, pois ninguém está contabilizando as toneladas de produtos têxteis que ingressam nas malas dos turistas e afetam principalmente os segmentos que atendemos. Nossa estratégia é fazer produtos cada vez mais aprimorados e diferentes, que não se encontrem a preços baixos em Miami e Nova York”.

Pedro Eduardo Fortes, diretor-executivo do Grupo Júpiter Oficina, que agrupa as empresas Dominguez & Saicali, Recoleta, Kill e a grife Dominica, localizado em Guarulhos e em Taboão da Serra (SP), conta que hoje os chineses representam quase 10% do consumo de roupas no Brasil, cerca de 600 milhões de peças, que fazem com que a indústria nacional seja encolhida, o que acaba gerando a desindustrialização, principalmente no segmento de roupas femininas, e que os magazines mais fortes estão cada dia importando mais, visando à rentabilidade. “A crise nos afetou, pois nossos maiores clientes estão importando cada vez mais, principalmente as peças básicas, que vêm da China e da Índia, deixando-nos com a parte de modinha, mais rápida de produzir e consumir. Tanto a facção quanto a indústria sofrem na mesma proporção”, declara Fortes.

De acordo com Reinaldo Gomes Júnior, gerente de planejamento estratégico da Equus, que conta com fábricas em São Paulo e Minas Gerais, se por um lado a entrada de produtos chineses caracteriza-se como uma ameaça em função do quase impraticável custo com o qual muitos produtos chegam ao mercado nacional, por outro é uma oportunidade que demanda adaptação, podendo criar condições para melhorias significativas nos negócios. “O faturamento da Equus tem crescido 8% ao ano nos últimos quatro anos, sem contar a expansão da rede. Essa é uma performance acima da média no segmento. Várias ações foram tomadas internamente para ancorar esse crescimento e, como todo negócio, também temos na nossa ‘carteira’ situações de crise, como lojas que infelizmente tivemos que fechar. O mercado está cada vez mais competitivo e, para lidar com a concorrência acirrada, estruturamos ações como a adoção de ‘produção puxada’, a reorganização do processo produtivo, o uso de comitês de produto e a gestão de estoque de toda a cadeia de lojas, investindo na qualificação de pessoas e em sistemas mais flexíveis.”

Gomes conta que as condições oferecidas pelo mercado externo exerceram pressão na escolha entre comprar e produzir. “Na Equus, a importação também cresceu, porém a decisão por esse canal de fornecimento deu-se pela necessidade de atender ao crescimento que vínhamos obtendo, pois somente com os fornecedores nacionais não conseguiríamos absorver toda a produção adicional demandada com a competitividade necessária em alguns itens de nosso portfólio. De maneira geral, pelo menos para nós, a importação significou demanda adicional e não redução da produção local.”

DESCRUZANDO OS BRAÇOS

Para que o setor têxtil e confeccionista saia do momento de crise que enfrenta, algumas medidas podem ser tomadas. O economista Alcides Leite afirma que seriam importantes uma mudança no sistema tributário e trabalhista e um aumento na taxa de investimentos do país. “Uma resposta efetiva para a crise do setor seria a elaboração de um plano nacional voltado a ele. O governo, os empresários, os trabalhadores e o setor de pesquisa e tecnologia deveriam se reunir para definir novos rumos para a indústria têxtil e de confecção no país, definindo os setores mais promissores da cadeia industrial, a inovação nos processo produtivos, o desenvolvimento de centros de design e de criação, entre outras coisas. Isso seria fundamental para fortalecer a indústria.”

Já para Roncaglia, de efeito imediato, as medidas anunciadas pelo governo trarão uma recomposição da margem de lucro, mas a redução de custo tributário seria mais estimulante se viesse acompanhada de alguma desvalorização cambial, o que daria ao empresário algum fôlego para inovar e investir em produtividade.

Fernando Pimentel, da Abit, ressalta que temos um alto potencial de consumo interno a ser explorado, e essa é uma oportunidade fantástica para alavancar esse setor da economia criativa.

 

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Fonte: Site REVISTA COSTURA PERFEITA | www.revistacosturaperfeita.com.br

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