A moda não é o simples uso das roupas no dia-a-dia. A moda é um fenómeno sócio-cultural que expressa os valores da sociedade numa determinada época. A necessidade de se cobrir para combater o frio tornou-se num aspecto cultural e determinou as diferenças entre ordens e mais tarde classes sociais. Cada ordem tinha o seu modo de vestir característico que a distinguia e estava expresso na lei. Por outras palavras “a moda transmite aos outros quem somos” mesmo nos dias de hoje.
A EVOLUÇÃO DO VESTUÁRIO ATRAVÉS DOS TEMPOS
O Vestuário na Pré-História
Na Pré-história, com o contínuo aumento das populações e pelo facto de ser apenas recolector, o homem sentiu necessidade de se deslocar em busca de alimentos noutras terras. Com essa deslocação o homem deparou-se com a variação climática em cada região por onde passava. Assim surgiu a roupa. O homem precisava de se agasalhar e proteger do frio. Porém as roupas também eram usadas para o homem se exibir, crença em proteções mágicas e o seu próprio pudor.
Na época essas roupas eram feitas de peles de animais. A pele era bastante dura e apenas cobria poucas partes do corpo e perceberam que se as mastigassem ficariam mais maleáveis e, assim, cobriam mais partes.
Porém a utilização de peles de animais, amarradas ao corpo, embora o tornassem mais agasalhado contra o frio e mais protegido contra espinhos e vegetação, dificultavam-lhe os movimentos, fazendo com que tivesse menos agilidade ao fugir dos predadores. Com o tempo a roupa foi-se tornando cada vez mais um símbolo de poder.
Por outro lado o homem da pré-história, desde muito cedo começou a enfeitar-se. Este reparou que nos animais o macho destacava-se das fêmeas pela sua beleza e, assim, teve a ideia de remediar as suas imperfeições embelezando-se com adornos.
Na pré-história os adornos eram colares de pedras coloridas ou enfeites de chifre polido espetados nas orelhas e no nariz.
Acreditava-se que no final da Idade da Pedra, há 25 mil anos atrás, o uso de roupa já fosse corrente e que a técnica de fabricação de fios já tinha sido dominada.
Com o tempo as técnicas melhoraram, permitindo a formação de peças de roupas mais elaboradas.
O Vestuário no Egito Antigo
No Egito os tecidos e a forma como eram elaboradas as roupas modificavam-se de acordo com a hierarquia social. Os acessórios eram também diferenciadores sociais.
A vestimenta básica era o Chanti usada por homens, como uma saia, e por mulheres, longo cobrindo todo o corpo.
Os escravos apenas usavam branco.
As classes baixas vestiam-se de modo simples, com pouca roupa.
O povo andava descalço ou com sandálias de fibra de papiro. O traje da classe alta, mais concretamente do faraó e da sua corte, denominava-se de Kalasyris. Era uma túnica larga de linho muito fino e transparente, ornamentado com ouro e pedras preciosas especialmente turquesas e lápis-azul. Quando se deixava a descoberto o dorso masculino, colocava-se uma roupa complementar de nome Neket que se assemelha a um cinto de forma triangular feito de linho e com pedras preciosas a adornar. Também se usava como complemento o Hosch que era uma espécie de pequena capa que se usava sobre os ombros e o peito.
As mulheres tinham como traje principal a Loriga que tinha uma forma tubular muito justa ao corpo e confeccionada com tecidos semelhantes à malha. Como complemento usava-se a Túnica de Isis sendo esta uma espécie de manto em forma retangular. Elas eram, também, adeptas da maquilhagem onde o olho era marcado com linha preta e sombra verde.
No que tocava a penteados, devido ao forte calor da região e ao facto do piolho ser uma praga local, homens e mulheres usavam o cabelo rapado e perucas no seu lugar e como medida higiénica removiam os pelos corporais.
As classes altas usavam perucas de vários cortes e ornamentos muito inspirados na religião.
As joias utilizadas tinham como principal função expressar a devoção religiosa.
O VESTUÁRIO NA GRÉCIA ANTIGA
Na Grécia Antiga criou-se o critério clássico de beleza: a harmonia pela simetria entre os lados esquerdo e direito do indivíduo. Para eles era mais importante o valor estético do que o erotismo.
Estes tinham como constante nas vestimentas, decorações de origem arquitetônica e isso reflete-se no corte retangular das roupas.
A população grega utilizava uma túnica ornamentada com este corte. Os materiais mais utilizados na elaboração desses mesmos trajes eram a lã artesanal, o linho e em algumas ocasiões a seda.
A vestimenta principal era o Quiton, um retângulo de tecido que se assemelha a uma túnica colocada no corpo, presa nos ombros e debaixo dos braços. Sobre os ombros era presa com broches ou agulhas de nome Fíbula e na cintura por um cordão ou cinto. Esta era bastante longa chegando, nos adultos, a bater no tornozelo e, no caso dos mais jovens, até aos joelhos.
Quando a túnica cobria apenas um ombro era-lhe atribuída o nome de Exomide.
A vestimenta feminina era ligeiramente diferente da masculina. Resumia-se a um tecido retangular, continha cordões ou correias ao nível da cintura como decoração e eram bastante decotados.
Usavam também uma roupa complementar, o Pharos (vestido jónico) que tinha a função de xaile.
Para proteção contra o frio usava-se o Himation cobrindo o corpo todo do indivíduo. Os filósofos gregos usavam-no como traje básico, simbolizando a simplicidade e elegância promovidas por esta cultura.
Fonte: Site PMPEDROESCOLA | www.pmpedroescola.blogspot.com.br
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